Uma criança com “cabeça na lua” às vezes irrita tanto os
adultos...
E “ao voltarem à Terra” geralmente elas têm muitas perguntas a
fazer, pensadas na sua “viagem”. Perguntas às quais nem sempre sabemos
responder...
Porque perdemos a capacidade de perguntar, ao crescermos,
temos dificuldades de responder aos questionamentos das crianças, que vão muito
além das situações concretas e reais. As crianças perguntam também sobre
possibilidades; elas levantam hipóteses. Tolhida nossa capacidade de imaginação
e pouco desenvolvida nossa criatividade, o que acontece é que tememos essas
perguntas...
O livro “Valentina cabeça na Lua”, de Adriana Falcão, fala
sobre esse universo criativo, imaginativo e perguntador das crianças. E sobre a
enfadonha realidade a que os adultos se submetem. Com uma narrativa leve, simples e muito poética, a autora vai
brincando com o significado de “ter a cabeça no mundo da lua”.
Valentina é uma menina esperta, inteligente, sensível e
criativa que tem tudo arrumado na sua cabeça, conforme lhe haviam ensinado. Mas
tinha muito mais, que existia somente na sua cabeça e isso morava na Lua.
e as respostas das perguntas sem resposta.
Perguntas sem resposta, segundo Valentina,
eram aquelas que
nasciam dentro da emoção da gente,
num lugar sem tempo nem espaço.
Perguntas sem resposta eram perguntas de verdade.
Perguntas, perguntas.
Dessas que a gente fica horas pensando na pergunta, e não na
resposta.” (pp. 08-11)
Ah... as crianças! Sabem sobre a vida melhor do que nós,
adultos.
Valentina Cabeça na Lua
Adriana Falcão
Ed. Salamandra
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